terça-feira, 14 de abril de 2009

Pensando como John Lenon

" O sonho acabou. Vamos encarar a realidade! Não se drogue por não ser capaz de suportar a sua própria dor. Nenhum lugar fará você se sentir um homem. Eu estive em todos os lugares e só me encontrei em mim mesmo." (John Lenon)

sábado, 4 de abril de 2009


TRIBUTO A PRÓPRIA CONSCIÊNCIA

Fui sonho. Acordei em pesadelo: desorientada pela razão do pecado, pelo delírio do querer. Escalei montanhas imensas, desinterrei jóias raras. Conquistei a felicidade. Desmenti a honestidade. Fui hipócrita. Desleal, desfiel. Desenhei, desenharam-me. Ponta de pé, braço com movimento longo. Acordei em pesadelo: adormeci no abrigo do inimigo. Atravessei as pontes que ligam amor e solidão. Pequei. Salvaram meus delírios. Decifrei mistérios, escondi vontades. Menti, omiti, escrevi a vida dos sonhos. Acordei em pesadelo: homens maus devoravam vidas, mulheres morriam sem amar. Sonhei. Voei do céu ao pensar do inferno. Cansei. Vivi, sobrevivendo. Levei ao norte o que ficava do lado esquerdo do peito. Perdi, fracassei. Derrotei as dúvidas, o medo, a insegurança. Punições esquecidas, premunições do amor. Olhos fechados, mundo por fora, por aí. Mãos atadas ao pé da cama, das camas. Televisões com filmes de personalidades minhas. Jornais com limites esgotados, amontoados de sangue. Solidão em pensamentos, mar e vento. Bola e campo, pele e coração. Tango e a emoção, a sedução. Pele e cheiro, cabelo, olho no olho. Respirou fundo. Mãos torcidas para reza fixa de impunidade. Cosciência vazia, lotado o coração. Amor não é arma, existe vida sem paixão. Apague a luz, fique a vontade. Música ao fundo, o poço travado. Homem e mulher, sexo covarde de amor sem verdade. Vela no fogo que ardeu em um amante que amou. Esperei o reencontro, a procura não existe. Descabelou. Esbofeteou a injustiça. Apagou a luz, amor, vida, acabei. Acordada: vivia a vida, mas minha não era, se fosse outra. Acordei em pesadelo.

POR: RÁISA TORTEROLA BARBOSA


EXPLICANDO...

A época em que os sonhos ficavam na frente da vida, acabou. A vida está curta. O mundo está mudando. Não existe mais saber, não existe mais amor? Neste texto, com um ar poético, tentei mostrar que podemos passar por muitas negações na vida. Que podemos deixar de lado os princípios e pecar. Muitos começam aos poucos, por pouco. Mas todos terminam cometendo erros. Matar é errar, pecar para a Igreja. O pecado tem punição? A VIDA TEM SALVAÇÃO? O texto é sobre consciência de vida. Quando dito que acordei em pesadelo traduzo: a realidade é um caos! CONSCIÊNCIA! O MUNDO PRECISA PECAR MENOS. MUITO MENOS!
"O MEDO DO CORAJOSO É O ARREPENDIMENTO; DO COVARDE A CONSCIÊNCIA."

terça-feira, 31 de março de 2009

LIVRES

Existe um lugar onde as pessoas são livres,
onde podem sonhar,
onde podem sobreviver.
Um sonho,
um vento,
um voar de pensamento.

Um lugar onde
se pode amar,
se pode seguir a canção,
sorrir ,
voar.

Existe um lugar...

Por: Ráisa

SAUDADES

Posso sentir um arrepiar tranquilo, um choro soluçar. Mais um sonho ferindo. O coração não cala o pranto e a dor da saudade, da sabedoria de não ver nunca mais. Se fosse possível, dava a minha em troca. Se fosse preciso, amava em troca. VIDA. Se fosse minha eu não deixava se ir sozinha. Tanta vida por viver, tanto jovem a morrer. SAUDADE. A palavra do brasileiro, que acostumado se despede do amor deitado, dencansado em paz?! Antes bruxas e duendes, do que malditos covardes e violência! Antes amar do que esperar. VIDA, SAUDADE de saber que todos poderíamos ter. Saudade do tempo em que o homem era igual, sem raça, sem crença. Saudade do tempo que nunca existiu, que não existirá se não derem as mãos. É o que mais ouço nas funebres mesas da vida: ADEUS, FIQUE EM PAZ!

OBRIGADO...

Ao queridíssimo Conrado, que trouxe a frase inicial do poema de cima. Ao queridíssimo Daudt e seus planos com a FICAR. A querida Dani, com seu futuro prometido pela paz. Aos pais de jovens, que acreditam, que lutam por um mundo melhor. Agradecemos a Luzia Ferreira, que se mantém de pé a quatro meses. Aos joven que nos apoiam. Obrigada, vocês fazem a ESTAMOS DE LUTO continuar acreditando que "EXISTE UM LUGAR ONDE AS PESSOAS SÃO LIVRES."

sexta-feira, 27 de março de 2009

ESQUECI, DESCULPA?

Hoje, uma das mais interessadas na nossa luta, me enviou um recado, se dizendo emocionada. Disse que aconteceu o que temia. Caiu tudo no esquecimento! As pessoas que pareciam tristes, revoltadas, sumiram. Ou esqueceram que a violência ainda está por perto, que as mortes não vão ter fim. Vamos esperar mais uma morte inacreditável acontecer. Garanto que o blog vai lotar de revoltosos, querendo justiça, querendo que seus amigos, primos, filhos, irmãos, voltem a viver. Vamos esperar que a morte chegue estupidamente em nossas casas para que o valor desse debate aumente. É inaceitável que as pessoas, até mesmo em momentos como este, conseguem calar-se e pensar só em si. Vamos, Brasil! É assim mesmo que venceremos!

Palestra sobre PAZ, CULTURA E COMUNICAÇÃO

Ontem, às 20h, no miniauditório da Biblioteca da UNISINOS, o professor, pesquisador e jornalista argentino, Washington Uranga iniciou sua palestra com uma pergunta: QUE SOCIEDADE NÓS SONHAMOS TER? Perguntei a ele como trazer as modificações da sociedade atual, na elaborada. Gentilmente me respondeu: "Não podemos pensar que a educação, a cultura e a mídia não estão unidas. A mídia é grande influência, mas não podemos dizer que ele é a responsável. Não podemos tornar a mídia algo demoníaco..."
A mídia, a cultura e a educação!
O mais interessante da palestra foi a maneira como meus colegas de universidade saiam no meio dela. Não esperaram nem a metade, nem o fim. Saíam como se aquele assunto não fosse preciso, como se a violência não importasse para comunicadores. INACREDITÁVEL!


Opinando

Depois de ler o recado da Dani e relembrar a palestra, percebi que não importa onde nem quando, AS PESSOAS ESQUECEM! Esquecem os acontecimentos, esquecem a vida. Universitários que fogem de uma palestra, jovens que esquecem os ocorridos do ano passado. Vamos, Brasil! É assim que venceremos!?

" A construção da paz é uma tarefa de todos os dias, de continuidade. Temos que construir possibilidades de diálogos dos diferentes." (Uranga)

Por: Ráisa Torterola Barbosa

quinta-feira, 26 de março de 2009

MORTE CEREBRAL

Ontem, em um comentário aqui no blog, li o que sempre defendemos! O problema dessas mortes sempre existiu. SEMPRE! Hoje, com certeza, a mídia dá mais importância, porque chegou na classe média. As favelas, as vilas e os bairros pobres estão acostumados a verem mortes, estupros, drogados, todos os dias. Pais que matam por droga, por comida. Ladrões de alma, que querem o direito de ser gente. O nosso objetivo é mostrar que estamos vivos, querendo viver. Sabemos o quanto é difícil esta luta, e podemos perder a vida antes de perder a guerra. Mas devemos desistir? O público alvo da ESTAMOS DE LUTO é, justamente, os de renda baixa. Queremos incluir um pouco de educação social, queremos mostrar que eles podem seguir outros caminhos. SIM, é quase um delírio achar que alguns jovens indignados conseguirão, por isto pedimos a ajuda de todos. A violência sempre existiu, mas é preciso amenizá-la. É preciso sobreviver.


Texto de Ráisa Torterola Barbosa, em dez de outubro de 2008

AOS QUE ACREDITAM EM REMÉDIO/ MILAGRE

Para mim basta! CHEGA! Extrapolou dos limites "extrapoláveis"! É muito pior que aquelas histórias de amor proibido. Muito mais que Romeu e Julieta. A paixão do homem, o poder, a sede de vingar. Chega. Para mim basta. Até onde vão os sentimentos de uma pessoa normal? Quem, por mais ignorante que seja, não conhece o poder de fogo de um revólver?
Eloá, de 15 anos, morta, depois de ser mantida em cativeiro, após terminar um namoro. Igor, estudante de direito, morto, com bala perdida, em uma festa. Essa é a sociedade que forma " o futuro do Brasil". Matando-se, destruindo-se. E a culpa, que todos alegam, é amor demais.
Amor demais? Até quando vamos deixar que uma fração de segundo termine com vidas?
Igor, por feito da vida, estava no lugar errado, na hora errada. Estudava justamente o direito, e queria aprender a entender a mente de uma pessoa. Estudava a justiça, e morreu por falta dela.
Eloá tinha um grupo denominado "bonde das glamurosas". Morreu de uma maneira trágica, sem brilho, sem glamour.
Quando a sociedade vai entender que não existem desculpas para a destruição, para o assalto de almas? Aos princípios familiares? Ao único amor: à vida?
Basta. Para mim chega! Extrapolou dos limites extrapoláveis!
A morte cerebral não tem cura, remédio. Alguns acreditam que um milagre, apenas, é o que pode salvar alguém. A sociedade está morrendo. Dia após dia. E eu lamento não poder desligar os aparelhos que nos mantêm apenas mortos vivos. Mortos.

Texto sobre a violência, realizado para atividade avaliativa na graduação de Jornalismo, na UNISINOS. A nota dada pela professora foi 10. O importante é saber se pelo texto e suas normas, ou pelo texto e seus fundamentos.

Alguém ainda acredita em remédios para a nossa sociedade? Ou é mais fácil desligar os aparelhos?

quarta-feira, 25 de março de 2009



Para estrear o nosso blog, decidimos enviar força aos parentes e amigos de Jõao Arnizaut, que faleceu na semana passada.

Até quando? Esta é a pergunta que todos se fazem ao saber de uma nova vítima. O que está acontecendo com o mundo? O que devemos fazer? As mortes de jovens estão cada vez mais próximo de nossas famílias. Jovens, como o João, morrem vítimas de preconceitos. CHEGA! A violência está cada dia mais próxima. Cada dia que passa ela bate na porta, e pouco importa se quem abre é um jovem, com uma vida pela frente. Chegou a um ponto onde andar de skate, ir numa festa ou terminar um namoro, pode te custar a vida. Jovens morrem, aos montes, todos os dias. A sociedade não parece se importar! Mas o que assusta é: um dia a violência vai bater na porta de todos. Quando isso acontecer não haverá mais sociedade, e será tarde demais para dizer: eu avisei! Todos juntos pela paz, pela vida dos jovens!

'A vida pode ser curta, mas não deve ser INTERROMPIDA!'